Blog da Integrare

A automedicação, prática de tomar medicamentos sem orientação médica, é uma ação comum entre muitas pessoas, especialmente entre os idosos. Apesar de ser uma tentativa de resolver problemas de saúde de forma rápida e fácil, a automedicação representa uma séria ameaça à saúde, podendo causar efeitos colaterais indesejados, complicações graves e até mesmo a piora de doenças já existentes. Quando se trata da saúde de um idoso, os riscos podem ser ainda mais significativos, pois o corpo envelhecido apresenta características que alteram a maneira como os medicamentos são processados.

O que é automedicação e por que ela é perigosa?

A automedicação ocorre quando uma pessoa decide tomar medicamentos sem a orientação de um profissional de saúde, seja por conta de sintomas menores ou por sugestão de amigos, familiares ou até mesmo com base em experiências anteriores. O conceito parece inofensivo, mas, na prática, pode ser muito arriscado.

Quando se trata de idosos, a automedicação é especialmente preocupante, pois o processo de envelhecimento modifica o funcionamento do corpo, tornando-o mais vulnerável aos efeitos de substâncias químicas. Além disso, muitos idosos já fazem uso de medicamentos de maneira regular, seja para controle de doenças crônicas como hipertensão, diabetes, ou problemas de mobilidade, o que torna a possibilidade de interações medicamentosas muito maior. Interações entre medicamentos podem gerar efeitos adversos graves, alterando a ação de um ou mais remédios e até prejudicando órgãos vitais, como o fígado e os rins.

Outro fator importante é que a dose recomendada para um jovem pode não ser adequada para um idoso. A metabolização de medicamentos pode ser mais lenta ou mais rápida, dependendo da idade, saúde geral e função renal e hepática de cada pessoa. Isso significa que um remédio que seria seguro para um adulto jovem pode ter efeitos prejudiciais em um idoso, principalmente se combinado com outros medicamentos.

Riscos específicos da automedicação em idosos

Interações medicamentosas: A combinação de diferentes medicamentos pode aumentar ou reduzir o efeito de outros, ou até mesmo gerar reações adversas, como náuseas, tontura e até complicações mais sérias, como falência renal. Muitos idosos utilizam medicamentos para várias condições de saúde ao mesmo tempo, e isso aumenta o risco de interações perigosas.

Efeitos colaterais exacerbados: O corpo de um idoso pode reagir de forma mais intensa aos efeitos colaterais dos medicamentos. Alguns medicamentos podem causar sonolência, perda de equilíbrio ou dificuldade respiratória, o que coloca o idoso em risco de quedas e outros acidentes.

Falta de eficácia: Muitas vezes, ao buscar remédios sem prescrição médica, os idosos podem acabar tomando medicamentos que não tratam de fato o problema, atrasando o diagnóstico correto e o tratamento adequado. Além disso, alguns medicamentos tomados sem orientação podem mascarar sintomas importantes, dificultando o diagnóstico de condições graves.

Overdose acidental: Ao tomar remédios por conta própria, os idosos podem ingerir doses maiores ou mais frequentes do que o necessário, o que pode levar a uma overdose. Isso é especialmente arriscado com medicamentos com efeito sedativo, analgésicos ou anti-inflamatórios.

Como evitar a automedicação?

Para garantir a saúde e segurança do idoso, é essencial evitar a automedicação e adotar práticas de cuidado que envolvam sempre a orientação de profissionais da saúde. Aqui estão algumas dicas para evitar essa prática: Consultar um médico, manter um acompanhamento regular, revisar periodicamente a lista de medicamentos e educação sobre os riscos.

Quando buscar ajuda para o idoso?

Se você cuida de um idoso, é fundamental estar atento a quaisquer mudanças no comportamento ou saúde. Caso o idoso tenha o hábito de automedicar-se ou esteja apresentando sinais de efeitos colaterais de medicamentos, é crucial procurar ajuda imediatamente. 

Nossos cuidadores são orientados e estão sempre atentos à administração de medicamentos evitando riscos e complicações que eles possam causar quando ingeridos de forma indiscriminada pelo idoso.